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Sou uma grávida de 37 anos. Anteriormente, simplesmente não dava para conciliar vida profissional, casar, ter planos de comprar o apartamento, ter estabilidade financeira etc. Na verdade, o reloginho da maternidade disparou aos 34 nos, mas até marcar consulta com a ginecologista, fazer os exames, fazer as tentativas sem nenhuma medicação para auxiliar, depois fazer as tentativas já tomando indutores para gravidez, enfrentar a doença e morte do meu pai...nossa, lá se foram 3 anos até eu definitivamente engravidar.
Acho que tudo aconteceu no momento certo, mas mesmo assim, não sabia que passaria por momentos tão difíceis. Tenho um marido maravilhoso, não poderia ser melhor: amigo, companheiro, amável, cavalheiro e com uma enorme vontade de ser pai e de participar de todos os momentos da maternidade. Ainda bem! Porque a minha gravidez está sendo bem complicada, passei mal nos primeiros meses por enjoo e cólicas, depois vieram as dores pélvicas e nas costas que estão durando até hoje. E desde dos 6 meses, tenho muita dificuldade para andar, pois as dores na pélvis estão muito fortes e junto tem o risco do parto prematuro, pois o meu colo do útero apresentou sinais de início de trabalho de parto, então o meu obstetra me deu atestado de afastamento do trabalho desde o 6º mês.
Ficar em casa na cama é bem desesperador, ainda mais que não posso fazer absolutamente nada. Simplesmente não consigo andar, e quando ando tem que ser passos bem curtinhos (o que pra mim é uma vitória). O que antes fazia parte do meu dia a dia: cuidar da casa, fazer o almoço, ir ao mercado, dirigir e arrumar as coisas do bebê, simplesmente se tornaram impossíveis pra mim.
Posso dizer que estou com 10% da energia que tinha antes de engravidar. O meu marido tem sido o "faz tudo em casa", e isso tem sido bem pesado pra ele, pois o que antes era feito por 2, agora ficou tudo nas costas de 1.
Pedi ajuda pra minha mãe que não mora aqui em São Paulo, mas ela não está com a saúde muito boa, além disso, o meu irmão que mora com ela está doente, então, ela preferiu resolver os problemas de saúde dela e de meu irmão antes de vir pra cá me ajudar. Confesso que fiquei bem chateada, pensei que poderia contar com a minha mãe nesse momento, que ela fosse vir o quanto antes, mas...
Não tenho parentes diretos aqui em São Paulo, mas meu marido tem mãe, irmão e tios. A mãe do meu marido está desempregada há 6 anos e nós a sustentamos (aluguel e dinheiro para manutenção) durante todo esse tempo. Ela, que pensei que poderia ser uma ajuda, prefere ficar na casa dela sem fazer nada do que nos ajudar. Quando falei que estava pesado para o Thiago cuidar de tudo, ela soltou um "se quiser, posso passar uns dois dias com vocês para fritar uns bifinhos". Fritar bifinhos? Isso eu consigo fazer, o que eu precisava era de alguém que nos ajudasse com as coisas do bebê, que pudesse ajudar com a organização da casa etc. Ela é uma inútil, sempre foi. Nunca pude contar com ela pra nada, e por que agora seria diferente? Raiva por ainda ter que sustentar esse ser humano.
Enfim, me vi sozinha com meu marido tendo que cuidar de tudo. Pra começar, contratamos uma faxineira que vem uma vez por semana e já nos ajuda muito. Agora, me esforço pra fazer o almoço todos os dias, coloco um banquinho e faço tudo sentada. AS roupas do bebê, fui lavando, passando e embalando aos pouquinhos, mas consegui terminar tudinho. A arrumação do quarto também foi feita aos poucos, sempre no ritmo em que meu corpo permitia.
Não poder contar com ninguém foi bem triste, ainda mais porque eu e o Thiago sempre fomos muito solícitos com as nossas famílias. Mas tudo bem, hoje vejo que as dificuldades nos uniram ainda mais, e hoje tenho muito mais orgulho do marido que tenho, pois sei que posso contar com ele pra tudo.
O bebê ainda não nasceu, mas tenho certeza que nós dois vamos cuidar bem dele. Vou recuperar a minha energia e, juntos e fortalecidos, daremos conta de tudo.
Bjo,
Rô
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