sexta-feira, 7 de março de 2014

Que tal fechar portas?





Chega de lugares onde não queremos estar, chega de conversas que não queremos participar, chega de amizades zumbis...Vamos reagir e fechar portas, pois é melhor ficar dentro de casa quietinho, poupando energia para o que realmente faz sentido. Afinal, nosso tempo, empenho e dedicação valem muito, valem a nossa história, a nossa vida.
Bjos,


Foram as águas de março


Voltei de uma linda viagem, cheia de significado, de histórias de família, de resgate das origens, de busca por respostas que, pouco importam as respostas, e sim as perguntas lançadas, ousadas, vindas do fundo do coração, livres, leves... A viagem não foi minha, e sim do meu marido, mas curti cada minuto, participei, me emocionei, vivi aquele história que me cedia generosamente um espaço, me acolhia. Assim, me tornei parte dela.

Volto pra casa e já chego com más notícias, decepções, chateações...Nossa, não merecia isso tão de cara, por que não foi me dado um tempo, pelo menos, pra descansar das 17horas de voo?

Fiquei desde então com "bode" da vida. Chateada de verdade. Fiquei remoendo os problemas, talvez achando que, de tanto pensar e repensar, quem sabe eles ficassem menores. Mas não, eles continuam os mesmos, eu é que tenho que, mais uma vez, ser maior do que eles. Ainda não cresci o suficiente, mas acho que eles já estão do meu tamanho, ou seja, estou lidando melhor com eles.

E hoje choveu, choveu muito! Tive vontade de ir lá fora e ficar sentindo no corpo cada gota violenta que caía do céu. Tudo ao som dos estrondosos raios e flashes de luzes que lindamente riscavam o céu. Quis que a chuva me lavasse, não por fora, mas por dentro. Que levasse embora todas as sujeirinhas que incomodam, machucam e que vão e voltam. Queria poder esquecer as situações que não entendo, que não aceito, mas que existem independente de mim.

Resolvi dizer chega! Chega de apostas cegas, de desejos sem ações, de sonhos adaptáveis a realidades mais simples. Quero brilho nos olhos, sorriso nos lábios, paz no coração e metas desafiadoras. Olhando pra trás vejo que não apostei, apenas aceitei situações confortáveis e, de verdade, agradeço que a vida tenha me dado a oportunidade de sair do comodismo, mesmo que tenha sido de forma brusca e sofrida.

Hoje resolvi olhar pra frente, buscar desafios e fazer novas escolhas. Por que não?
Não preciso esperar o próximo ano para ter novos sonhos, desconstruir para construir.
É engraçado como a vida dá sinais de que não devemos persistir em determinados caminhos, e quando ignoramos os avisos, acabamos sofrendo.
Deixo para trás um MBA para apostar no mestrado. Quero ser mestre em uma universidade que acredito, que já tenho história, que admiro. Pode ser agora, pode ser daqui a 5 anos. Mas vou realizar esse sonho.
Minha regra é assumir os meus desejos, cantá-los, vivê-los. Assim, a chuva me molhou, lavou e clareou a minha alma.

"São as águas de março fechando o verão, e a promessa de vida no meu coração".


Bjo molhado,